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domingo, 6 de julho de 2008

Precisamos nos unir como cidadãos da Mata.


Quando se retira um animal da natureza, é como se quebrássemos ou, ao menos, enfraquecêssemos o elo de uma corrente. Lógico que somente um animal não faria falta mas, não apenas um e sim, centenas, milhares de animais são retirados por ano de nossas matas. Para se ter uma idéia, um caminhão rotineiramente utilizado no tráfico de animais transporta cerca de 1.000 espécimes (alguns chegam a transportar 3.000 animais). Basta, então, se perguntar: quantos caminhões estão rodando pelo país e quantos destes poderiam estar transportando animais silvestres em meio a sua carga?
A população humana cresceu muito, em 2003 já somos mais de 6 bilhões de habitantes e, no Brasil, mais de 160 milhões que exercem uma imensa pressão sobre os habitats naturais e, também, diretamente sobre a fauna. Calcula-se que o tráfico de animais silvestres retire, anualmente, cerca de 12 milhões de animais de nossas matas; outras estatísticas estimam que o número real esteja em torno de 38 milhões. Todas estas estimativas, embora pareçam alarmismo e exagero, tomam outra dimensão quando consideramos o seguinte:
1. Quantas pessoas você conhece que possui ou já possuiu um animal silvestre (o papagaio da vovó, o pássaro preto do vizinho, o canário do amigo, o coleirinho na gaiola da venda etc);2. As estimativas se baseiam, basicamente, no que é apreendido o que, infelizmente é ínfimo frente ao traficado;3. Devido as condições em que são capturados e transportados, a taxa de mortalidade é altíssima;4. Finalmente quanto maior for a população, caso não mudemos nossos conceitos maior será a pressão sobre os animais.Ressalta-se que não somente o indivíduo capturado fará falta ao ambiente mas, também, os descendentes que ele deixará de ter. Assim, pode-se perceber o tamanho do impacto que a retirada de animais causa ao meio ambiente. Outro detalhe, muitas vezes esquecido, é que o impacto não se restringe à extinção da espécie capturada. Na natureza as espécies estão interligadas no que chamamos de teia alimentar, ou seja, os animais comem e são comidos por outros animais além de, também, se alimentarem de plantas, realizarem a polinização das mesmas e, muitas vezes, dispersarem suas sementes.
Se eu retiro do ambiente uma espécie que dispersa a semente de determinada árvore pode ser que esta árvore não mais conseguirá se reproduzir e, se suas folhas servem de alimento para determinado tipo de inseto, dentro de alguns anos este também poderá se extinguir. Este inseto podia ser o principal alimento de determinado pássaro que agora também será afetado pela retirada daquela primeira espécie que não possuía uma relação direta com ele. Estas são as implicações do tráfico na teia ecológica e muitas vezes pode afetar espécies que, a princípio se imaginaria não ter nenhuma relação com a espécie traficada.

Por esses motivos não podemos permitir que essa barbarie continue, vamos nos unir e denunciar estes traficantes. Pois nós sabemos que em consultas de sites as vezes nos deparamos com estes traficantes, tentando nos convencer que essa atitude não traz consequencias desastrozas aos ecossistemas, mas como cidadão da Mata sabemos que isso e só mais uma máscara utilizada por eles para possibilitar continuidade deste mercado negro.

Denuncie:
A Linha Verde é uma atividade da Ouvidoria do IBAMA, mais conhecida como a Central de Atendimento - 0800-618080, ligação gratuita, disponibilizada para todo o Brasil, onde o cidadão poderá se manifestar em relação às ações do IBAMA.
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Saiba sobre o Bioma mais ameaçado do planeta.

A Mata Atlântica é o segundo bioma mais ameaçado de extinção do planeta, só as florestas de Madagascar estão mais ameaçadas. Apesar disso, ela mantém índices altíssimos de biodiversidade (um dos maiores do mundo) que a classifica como um “hotspot”, ou seja, um lugar onde existe uma grande riqueza de diversidades biológica e ao mesmo tempo sofre uma grande ameaça.
A Mata Atlântica é considerada Patrimônio Nacional pela Constituição Federal e abrange total ou parcialmente 17 Estados brasileiros e mais de 3 mil municípios. No Nordeste abrange também os encraves florestais e brejos interioranos, no Sudeste alcança parte dos territórios de Goiás e Mato Grosso do Sul e no Sul estende-se pelo interior, alcançando inclusive parte dos territórios da Argentina e Paraguai. Quando os primeiros europeus chegaram ao Brasil, em 1500, a Mata Atlântica cobria 15% do território brasileiro, área equivalente a 1.306.421 Km2. Atualmente existem variações com relação ao número de remanescentes de um estado para outro. O índice geral ainda utilizado atualmente é o de 1995, aferido em um levantamento feito pela Fundação SOS Mata Atlântica, do Instituto Socioambiental, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e da Sociedade Nordestina de Ecologia, que aponta que no Brasil tem apenas 7,84% de remanescentes da Mata Atlântica, com cerca de 102.000 Km2
Os novos levantamentos que estão sendo realizados pelo Governo Federal devem mudar um pouco este panorama, números parciais indicam um percentual em torno de 20%, quando se leva em conta os estágios médios de regeneração da floresta. Isto aponta um dado importante, que é a capacidade da Mata Atlântica de se regenerar. No entanto não muda a situação crítica em que se encontram os estágios avançados e primários da floresta, que são exatamente os mais bem conservados da floresta. Os próprios dados recentemente divulgados pela fundação SOS Mata Atlântica, para oito estados, apontam que o ritmo de desmatamento diminuiu em alguns estados e que já temos algum sinal de vida para comemorar. Entretanto estados como Santa Catarina, que foi o campeão de desmatamento neste novo levantamento, seguido pelo Paraná, apontam que ainda temos muitos problemas para resolver. Além disso, é importante destacar que estes 7,84% não estão distribuídos de forma equilibrada entre as várias fitofisionomias do Bioma. Ecossistemas como a floresta ombrófila mista (a Floresta com Araucárias), as florestas estacionais, os campos de altitude, os manguezais e as restingas estão muitos ameaçados e as perdas continuam sendo grandes. Da floresta com araucárias, por exemplo, restam menos de 3% de remanescentes. Desta forma, a situação é ainda mais grave, pois este é um dos ecossistemas mais ameaçados, dentro do Bioma mais ameaçado. Esta é a realidade com a qual a população da Mata Atlântica tem que conviver e é um grande desafio conservar o que ainda resta e recuperar áreas prioritárias. Uma das metas da Convenção da Biodiversidade, por exemplo, diz que precisamos ter 10% de cada Bioma preservado em unidades de conservação, sendo que na Mata Atlântica esse índice mal chega a 3%.

Fotos do desmatamento: