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domingo, 22 de agosto de 2010

Arvores pioneira


As plantas pioneiras também são conhecidas como primárias, tem crescimento rápido, se desenvolvem bem a céu aberto e têm tempo de vida curto na floresta entre 6 a 15 anos. As pioneiras normalmente são árvores de porte alto (18 m) e têm a característica de madeira ser considerada leve. Como as pioneiras se desenvolvem rapidamente, elas formam uma camada de sombra que servirá como proteção ao crescimento das plantas secundárias. Na floresta tropical apresentam-se em pequenas quantidades de espécies, mas em alto número de indivíduos.

Esta é uma lista de espécies pioneiras que podem ajudar na pratica de restauração florestal do Bioma Mata Atlântica no Estado do Rio de Janeiro e mais uma dica, o melhor é se orientar pelo nome científico.

Açoita-cavalo
Nome científico: Luehea divaricata Mart. et Zucc.
Outros nomes populares: Açoita-cavalo-miúdo, Caiboti, Ibatingui, Ivatingui, Pau-de-canga.

Amoreira
Nome científico: Maclura tinctoria (L.) D. Don ex Steud.
Outros nomes populares: Amarelinho (ES, MG), Amora-branca, Amoreira (PR, MG), Jataíba, Limãorana (MT, GO), Moreira, Pau-amarelo, Pau-de-fogo, Taiúva, Tajuva (SC, PR), Tatajuva, Tatajuba (GO, MT), Tatajiba, Tatané e Taúba.

Angico-vermelho
Nome científico: Parapiptadenia rígida (Benth.) Brenan
Outros nomes populares: Angico, Angico-amarelo, Angico-branco, Angico-cedro, Angico-da-mata, Angico-de-banhado, Angico-de-curtume, Angico-dos-montes, Angico-rosa, Angico-sujo, Angico-verdadeiro, Brincos-de-saguim, Brincos-de-sauí.

Barbatimão
Nome científico: Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville
Outros nomes populares: Barba-de-timão, Barbatimão-verdadeiro, Casca-da-virgindade, Charãozinho-roxo.

Boleira
Nome científico: Joannesia princeps Vell.
Outros nomes populares: Andá-assu, Côco-de-purga, Cutieira, Cutieiro, Fruta-de-arara, Fruta-de-cotia, Purga-de-cavalo, Purga-de-gentio, Purga-dos-paulistas.

Caixeta
Nome científico: Tabebuia cassinoides DC.
Outros nomes populares: Caxeta, Corticeira, Malacaxeta, Pau-caxeta, Pau-paraíba, Pau-de-tamanco, Pau-de-viola, Tabebuia, Tabebuia-do-brejo (RJ), Tamanqueira.

Cambará
Nome científico: Gochnatia polymorpha (Less.) Cabr.
Outros nomes populares: Cambará-de-folha-grande, Cambará-do-mato, Cambará-guaçu, Candeia.

Capexingui
Nome científico: Croton floribundus Spreng.
Outros nomes populares: Capixingui, Tapixingui, Velame.

Coração-de-negro
Nome científico: Prunus sellowii Koehne.
Outros nomes populares: Coração-de-bugre, Marmelo-do-mato, Miguel-pintado, Pessegueiro-bravo, Pessegueiro-do-mato, Varova, Varoveira.

Embaúva-prateada
Nome científico: Cecropia hololeuca Miq.
Outros nomes populares: Embaúba-branca, Embaúva-branca, Embaúva-preta, Shiari.

Guapuvuru
Nome científico: Schizolobium parahyba (Vell.) Blake.
Outros nomes populares: Bandarra (RJ), Bacurubu, Bacuruva, Birosca (MG), Faveira, Ficheira, Guapiruvu, Guapurubu, Guarapivu, Guarapuvu, Pataqueira, Pau-de-vintém (BA).

Pau - jacaré
Nome científico: Piptadenia gonoacantha (Mart.) Macbr.
Outros nomes populares: Angico-branco (SP), Casco-de-jacaré, Icarapé (BA), Monjoleiro, Monjolo, Pau-jacaré.

Monjoleiro
Nome científico: Acácia polyphylla D.C.
Outros nomes populares: Juqueri-guaçu, Maricá, Monjoleira, Paricá-branco, Paricarana-de-espinho.

Paineira
Nome científico: Eriotheca gracilipes (K. Schum.) A. Rob.
Outros nomes populares: Binguinha, Bingueiro, Embira, Embira-de-folhas-lisas, Embiruçu, Imbiru, Paineira-do-campo.

Pau-de-lagarto
Nome científico: Casearia sylvestris Sw.
Outros nomes populares: Cafezeiro-do-mato, Cambroé, Chá-de-bugre, Erva-de-pontada, Guaçatonga, Guaçatunga, Guaçatunga-preta, Varre-forno.

Pau-terra
Nome científico: Qualea grandiflora Mart.
Outros nomes populares: Ariauá (PA), Pau-terra-do-campo, Pau-terra-do-cerrado, Pau-terra-folha-grande.

Restauração dos processos ecológicos de um ambiente Florestal - Sucesão Florestal

A sucessão florestal ocorre em etapas começando pela área totalmente desocupada, onde se estabelecer as primeiras espécies vegetais, até a nova formação de uma floresta madura, onde as comunidades animais também participam do processo.

As etapas se sucedem à medida que uma comunidade modifica o ambiente, preparando-o para que outra comunidade possa ali se estabelecer. Assim, a sucessão se faz por substituição de uma comunidade por outra, até atingir um nível máximo de complexidade.

Para que as espécies, tanto vegetais como animais, se restabeleçam, em determinadas etapas (continuando no processo ou desaparecendo com o tempo), elas dispõem de uma série de estratégias de adaptação. Estas estratégias facilitam a sobrevivência e a reprodução dentro da sucessão de ambientes.

Pioneira: Espécies florestais que se desenvolvem em clareiras abertas nas matas, nas bordas da florestas ou em locais abertos, dependentes de condições de maior luminosidade. São as primeiras espécies que aparecem no processo sucessional, já que só se desenvolvem na presença de muita luz.
Secundária Inicial: Espécies florestais que se desenvolvem tanto em pequenas clareiras abertas nas matas quanto, mais raramente, em sub-bosques sujeitos a algum tipo de sombreamento. Ocorrem ainda, igualmente, em antigas clareiras, conjuntamente às espécies florestais pioneiras.
Secundárias Tardias: Espécies florestais que ocorrem, exclusivamente, em sub-bosques permanentemente sombreados. Desenvolvem-se lentamente até atingir, ou não o dossel superior (emergentes).
Clímax: Espécies florestais as quais, dentro da evolução natural de uma floresta, tende a desenvolver-se por último, quando por ocasião da já implantação definitiva dos estágios sucessionais anteriores. Condições e características biológicas básicas destas espécies seriam porte elevado, desenvolvimento inicial sob condições de elevado sombreamento, desenvolvimento biológico lento, emergência junto ao dossel superior.

Dentro da questão da estratificação da floresta, não se deve esquecer que a comunidade florestal é um organismo vivo e dinâmico, com árvores jovens, adultas e senis. Existem vegetais de todas as alturas, respeitando os limites da formação vegetal e, por isso, a concepção de estratificação está sujeita à sensibilidade do observador.


Restauração Florestal

A Restauração Ecologica, definida como “ciência, prática e arte de assistir e manejar a recuperação e integridade ecológica dos ecossistemas, incluindo um nível mínimo de biodiversidade e de variabilidade na estrutura e funcionamento dos processos ecológicos, considerando seus valores ecológicos, econômicos e sociais” (SER, 2005), tem evoluído como ciência no Brasil desde o século XIX, quando se registra a primeira ação efetiva de reflorestamento sem fins produtivos no país. A época, o Major Manoel Gomes Archer e seis escravos plantaram 60 mil árvores em uma área de 16 milhões de metros quadrados na Floresta da Tijuca. Desde então, se tem observado um aporte crescente de pesquisa e desenvolvimento de atividades de restauração ecológica, principalmente no bioma Mata Atlântica. Historicamente as pesquisas com restauração ecológica no Brasil se iniciaram na década de 1980, com um projeto de pesquisa desenvolvido em cooperação entre a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (ESALQ-USP), sob liderança do Prof. Dr. Paulo Yoshio Kageyama, e o Departamento de Água e Esgotos do Município de Piracicaba (DAEE-Piracicaba). Este projeto, finalizado em 1984, visava estudar as cabeceiras do Rio Corumbataí e foi, sem dúvida nenhuma, a primeira abordagem a reconstruir matas ciliares, exclusivamente com espécies nativas (Kageyama et al. 2004). Desde então, muitos pesquisadores e técnicos se envolveram com o tema, inúmeros grupos de pesquisa foram criados, e toda uma teoria e prática da restauração ecológica foi desenvolvida no Brasil (Kageyama, 2004).

terça-feira, 24 de março de 2009

ICMS verde. Seja um Cidadão da Mata!



ICMS Verde: O que é?

O ICMS Verde não é um novo imposto. Trata-se da redistribuição de 2,5% do ICMS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação) segundo critérios ambientais.

Esta redistribuição foi pensada para compensar os municípios que tinham historicamente, o uso de seu território limitado pela presença de unidades de conservação (reservas, parques e etc) ou por mananciais estratégicos para o abastecimento das cidades.

Os recursos do ICMS Verde serão distribuídos da seguinte maneira:

I – área e efetiva implantação das unidades de conservação, das Reservas Particulares do Patrimônio Natural – RPPN, conforme definidas no SNUC, e Áreas de Preservação Permanente – APP, 45% (quarenta e cinco por cento), sendo que desse percentual 20% (vinte por cento) serão computados para áreas criadas pelos municípios;

II – índice de qualidade ambiental dos recursos hídricos, 30% (trinta por cento);

III – coleta e disposição adequada dos resíduos sólidos, 25% (vinte e cinco por cento).

Ou seja, 75% dos recursos ou 27 milhões de reais (estimativa) serão destinados em 2009 para os municípios que tratarem bem suas florestas e águas.

Estas informações são coletadas nos bancos de dados do Estado, principalmente os da FEEMA, SERLA e IEF (atuais INEA), e por meio de questionários encaminhados aos municípios. A Fundação CIDE fica responsável pelos cálculos.

Infelizmente em 2008, 14 municípios não responderam estes questionários, ficando com suas pontuações zeradas e não receberão recursos em 2009.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Mata Atlântica, a flora mais biodiversa do Brasil!

A mata atlântica além de ser um dos biomas mais ameaçados do mundo e o bioma com maior diversidade da flora (angiosperma) Brasileira. Vindo em segundo lugar o cerrado e Amazônia em terceiro.
Uma tese de doutorado defendida na UFMG (Mata Atlântica a flora mais diversa do Brasil!Universidade Federal de Minas Gerais) mostra que, entre o início de 1990 e o final de 2006, foram registradas 2.875 novas espécies, desde ervas até árvores, o que dá cerca de 170 descrições por ano.
Foram 1.194 na mata atlântica, 966 no cerrado e 582 na Amazônia. A estimativa é que existam entre 40 mil e 60 mil espécies de angiospermas no país. O grupo representa a maioria das espécies vegetais. O chefe do Departamento de Botânica da USP (Universidade de São Paulo), José Rubens Pirani, diz que o país não encerrou as etapas de exploração e descobrimento de plantas há muito superadas em países onde os estudos iniciaram há mais tempo e que têm menor diversidade, como os da Europa.

"É verdade que a mata atlântica sofreu extensa devastação, mas nas áreas remanescentes continuam a ser descobertos táxons [categorias] novos regularmente", afirma.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

O maior e mais Ameçado primata das Américas!

O mono-carvoeiro (Brachyteles arachnoides) é um primata só encontrado na Mata Atlântica, cujas populações se encontram ameaçadas pela destruição e fragmentação do habitat e também pela atividade de caça. É o maior primata do continente americano e o maior mamífero endêmico ao território brasileiro. Os machos podem atingir até 15 kg.



A área de distribuição original do mono-carvoeiro se estendia do sul da Bahia até São Paulo, incluindo os Estados do Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, com possibilidades de ocorrência de algumas populações no norte do Paraná. A espécie ocupa hoje matas ombrófilas densas da região costeira e também florestas semidecíduas do interior, principalmente nos Estados de Minas Gerais e São Paulo.

Habitam Florestas tropicais úmidas baixas a florestas montanhosas com 3.000 m de altura.
O mono-carvoeiro é um dos primatas mais ágeis, por isso é capaz de conseguir 171 espécies de frutas, até mesmo no final das ramas. Eles podem balançar com rapidez pelas árvores, percorrendo até 12m com apenas um braço.
Os monos-carvoreiro têm evoluído numa sociedade muito flexível para acompanhar o amadurecimento imprevisível das frutas. Eles se movem ao redor das florestas, sozinhos ou em grupos de até 20 indivíduos, que se separam poucas horas depois.
Pensava-se que monos-carvoeiros estavam extintos depois de 1926, mas eles foram redescobertos em 1974 .

domingo, 21 de setembro de 2008

Venda ilegal de animais silvestres pela Internet

Pela internet é possível adquirir espécies que são proibidas à comercialização pelo IBAMA e os traficantes driblam às leis ambientais iludindo seus compradores com a falsa declaração de que é possível ter animais silvestres do Brasil em suas casas. Não podemos continuar fomentando este tipo de comércio e não confundirmos animais com meros objetos de consumo.
Quando você compra um animal silvestre você também contribui para a sua extinção dentro seu ecossistema. No momento em que o traficante consegue vender um animal silvestre ele volta ao local onde o encontrou e captura outros, dessa forma você provoca a continuidade deste comércio ilícito. Esta não é uma atividade esporádica e infreqüente dentro campo virtual. A tecnologia que foi no seu inicio dada como uma ferramenta de progresso e conhecimento, hoje é também utilizada como fontes de todas as práticas criminosas.
Seja um Cidadão da Mata e denuncie esta barbárie! Segue as primeiras denúncias abaixo, conto com vocês para não serem as únicas.



domingo, 6 de julho de 2008

Precisamos nos unir como cidadãos da Mata.


Quando se retira um animal da natureza, é como se quebrássemos ou, ao menos, enfraquecêssemos o elo de uma corrente. Lógico que somente um animal não faria falta mas, não apenas um e sim, centenas, milhares de animais são retirados por ano de nossas matas. Para se ter uma idéia, um caminhão rotineiramente utilizado no tráfico de animais transporta cerca de 1.000 espécimes (alguns chegam a transportar 3.000 animais). Basta, então, se perguntar: quantos caminhões estão rodando pelo país e quantos destes poderiam estar transportando animais silvestres em meio a sua carga?
A população humana cresceu muito, em 2003 já somos mais de 6 bilhões de habitantes e, no Brasil, mais de 160 milhões que exercem uma imensa pressão sobre os habitats naturais e, também, diretamente sobre a fauna. Calcula-se que o tráfico de animais silvestres retire, anualmente, cerca de 12 milhões de animais de nossas matas; outras estatísticas estimam que o número real esteja em torno de 38 milhões. Todas estas estimativas, embora pareçam alarmismo e exagero, tomam outra dimensão quando consideramos o seguinte:
1. Quantas pessoas você conhece que possui ou já possuiu um animal silvestre (o papagaio da vovó, o pássaro preto do vizinho, o canário do amigo, o coleirinho na gaiola da venda etc);2. As estimativas se baseiam, basicamente, no que é apreendido o que, infelizmente é ínfimo frente ao traficado;3. Devido as condições em que são capturados e transportados, a taxa de mortalidade é altíssima;4. Finalmente quanto maior for a população, caso não mudemos nossos conceitos maior será a pressão sobre os animais.Ressalta-se que não somente o indivíduo capturado fará falta ao ambiente mas, também, os descendentes que ele deixará de ter. Assim, pode-se perceber o tamanho do impacto que a retirada de animais causa ao meio ambiente. Outro detalhe, muitas vezes esquecido, é que o impacto não se restringe à extinção da espécie capturada. Na natureza as espécies estão interligadas no que chamamos de teia alimentar, ou seja, os animais comem e são comidos por outros animais além de, também, se alimentarem de plantas, realizarem a polinização das mesmas e, muitas vezes, dispersarem suas sementes.
Se eu retiro do ambiente uma espécie que dispersa a semente de determinada árvore pode ser que esta árvore não mais conseguirá se reproduzir e, se suas folhas servem de alimento para determinado tipo de inseto, dentro de alguns anos este também poderá se extinguir. Este inseto podia ser o principal alimento de determinado pássaro que agora também será afetado pela retirada daquela primeira espécie que não possuía uma relação direta com ele. Estas são as implicações do tráfico na teia ecológica e muitas vezes pode afetar espécies que, a princípio se imaginaria não ter nenhuma relação com a espécie traficada.

Por esses motivos não podemos permitir que essa barbarie continue, vamos nos unir e denunciar estes traficantes. Pois nós sabemos que em consultas de sites as vezes nos deparamos com estes traficantes, tentando nos convencer que essa atitude não traz consequencias desastrozas aos ecossistemas, mas como cidadão da Mata sabemos que isso e só mais uma máscara utilizada por eles para possibilitar continuidade deste mercado negro.

Denuncie:
A Linha Verde é uma atividade da Ouvidoria do IBAMA, mais conhecida como a Central de Atendimento - 0800-618080, ligação gratuita, disponibilizada para todo o Brasil, onde o cidadão poderá se manifestar em relação às ações do IBAMA.
Maiores informações clique aqui

Saiba sobre o Bioma mais ameaçado do planeta.

A Mata Atlântica é o segundo bioma mais ameaçado de extinção do planeta, só as florestas de Madagascar estão mais ameaçadas. Apesar disso, ela mantém índices altíssimos de biodiversidade (um dos maiores do mundo) que a classifica como um “hotspot”, ou seja, um lugar onde existe uma grande riqueza de diversidades biológica e ao mesmo tempo sofre uma grande ameaça.
A Mata Atlântica é considerada Patrimônio Nacional pela Constituição Federal e abrange total ou parcialmente 17 Estados brasileiros e mais de 3 mil municípios. No Nordeste abrange também os encraves florestais e brejos interioranos, no Sudeste alcança parte dos territórios de Goiás e Mato Grosso do Sul e no Sul estende-se pelo interior, alcançando inclusive parte dos territórios da Argentina e Paraguai. Quando os primeiros europeus chegaram ao Brasil, em 1500, a Mata Atlântica cobria 15% do território brasileiro, área equivalente a 1.306.421 Km2. Atualmente existem variações com relação ao número de remanescentes de um estado para outro. O índice geral ainda utilizado atualmente é o de 1995, aferido em um levantamento feito pela Fundação SOS Mata Atlântica, do Instituto Socioambiental, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e da Sociedade Nordestina de Ecologia, que aponta que no Brasil tem apenas 7,84% de remanescentes da Mata Atlântica, com cerca de 102.000 Km2
Os novos levantamentos que estão sendo realizados pelo Governo Federal devem mudar um pouco este panorama, números parciais indicam um percentual em torno de 20%, quando se leva em conta os estágios médios de regeneração da floresta. Isto aponta um dado importante, que é a capacidade da Mata Atlântica de se regenerar. No entanto não muda a situação crítica em que se encontram os estágios avançados e primários da floresta, que são exatamente os mais bem conservados da floresta. Os próprios dados recentemente divulgados pela fundação SOS Mata Atlântica, para oito estados, apontam que o ritmo de desmatamento diminuiu em alguns estados e que já temos algum sinal de vida para comemorar. Entretanto estados como Santa Catarina, que foi o campeão de desmatamento neste novo levantamento, seguido pelo Paraná, apontam que ainda temos muitos problemas para resolver. Além disso, é importante destacar que estes 7,84% não estão distribuídos de forma equilibrada entre as várias fitofisionomias do Bioma. Ecossistemas como a floresta ombrófila mista (a Floresta com Araucárias), as florestas estacionais, os campos de altitude, os manguezais e as restingas estão muitos ameaçados e as perdas continuam sendo grandes. Da floresta com araucárias, por exemplo, restam menos de 3% de remanescentes. Desta forma, a situação é ainda mais grave, pois este é um dos ecossistemas mais ameaçados, dentro do Bioma mais ameaçado. Esta é a realidade com a qual a população da Mata Atlântica tem que conviver e é um grande desafio conservar o que ainda resta e recuperar áreas prioritárias. Uma das metas da Convenção da Biodiversidade, por exemplo, diz que precisamos ter 10% de cada Bioma preservado em unidades de conservação, sendo que na Mata Atlântica esse índice mal chega a 3%.

Fotos do desmatamento: